Em Manaus todo mundo é o que quer ser

Hoje resolvi assistir o jogo do sulamérica, já que ele é um dos próximos adversários do Rio Negro no campeonato amazonense, e enquanto ia pro estádio sintonizei na rádio a crítica FM pra escutar enquanto não chegava, a transmissão é de qualidade, o narrador consegue transmitir emoção, a equipe de campo é competente, mas minha surpresa foi quando o narrador apresentou a comentarista do jogo, Maria Benigno. Pra quem não sabe Maria Benigno é advogada e esposa do presidente do Holanda, Paulo Radim. Não questiono sua capacidade profissional, tampouco sua ligação com o futebol amazonense, nos poucos contatos que tive com ela me pareceu ser uma pessoa simpática e serena, mas eu me pergunto, isso basta para ser comentarista esportivo num veículo de comunicação em massa? Nem digo que precisasse ser jornalista, pois estamos cheios de exemplos de pessoas que não são jornalistas mas são excelentes comentaristas, porém os que não são jornalistas são ex atletas, ou seja, pessoas que conhecem profundamente o esporte. Tomo isso apenas como um exemplo do que muito se vê em Manaus. Aqui você não precisa ser, basta... Querer ser. Recentemente vi (e convivi) um caso típico desses.
Um sujeito com uma boa conversa, contada a pessoas que por estarem um passo atrás o achavam um passo a frente (me incluo nisso), que apenas disse que era, conseguiu convencer outros, de que ele era, mas que como diz o capitão nascimento, NUNCA SERÁ!
Esses casos não são incomuns em Manaus, ou somos um povo muito inocente ou só vem pra cá os "melhores" enroladores do mundo.

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